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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Emmanuel e o Apóstolo Paulo


            O convertido de Damasco foi o agricultor humano que conseguiu aclimatar a flor divina do Evangelho sobre o mundo. Muitas vezes foi áspero. A terra não estava amanhada e se em alguns pontos oferecia letras brandas e férteis, na maioria, era regiões em espinheiro e pedregulho. Paulo foi o lidador de sol a sol. Seu fervoroso amor foi a sua bússola divina. Sua paixão no mundo, iluminada pela sua dedicação ao Cristo, transformou-se na base onde deveria brilhar para sempre a claridade do Cristianismo.
            Conheci-o, em Roma, nos seus dias de trabalho mais rude e de  provações mais acerbas. Vi-o uma vez unicamente, quando um carro de Estado transportava o senador Públio Lentulus, ao longo da Porta Ápia, mas foi o bastante para nunca mais esquecê-lo. Um incidente fortuito levara os cavalos a uma disparada perigosa, mas um jovem cristão, atirando-se ao caminho largo, conseguiu conjurar todas as ameaças. Avistamos, então, um pequeno grupo, onde se encontrava a sua figura inesquecível. Trocamos algumas palavras que me deram a conhecer a sua inteireza de caráter e a grandeza da sua fé.
            O fato ocorria pouco depois da trágica desencarnação de Lívia e eu trazia o espírito atormentado. As palavras de Paulo eram firmes e consoladoras. O grande convertido não conhecia a úlcera que me sangrava no coração, todavia, as suas expressões indiretas foram, imediatamente, ao fundo de minh’alma, provocando um dilúvio de emoções e de esclarecimentos.
            Luzeiro da fé viva, Paulo  não pode ser olvidado em tempo algum. Seu vulto humano é o de todo homem sincero que se toque do amor divino pelo Cordeiro de Deus.
            Lede-o sempre e não vos arrependereis.
Emmanuel

Psicografia de Chico Xavier em Pedro Leopoldo  13/03/1940. Livro Amor e Sabedoria de Emmanuel. Clovis Tavares

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