Visionários Do Caminho
O VAMPIRISMO- Parte 2/4
TRATAMENTO:
As medicações estimulantes e os
tratamentos psicológicos raramente produzem os efeitos desejados. Mas a
conjugação desses recursos habituais com o tratamento espiritual para a
expulsão do parasita, que representa no organismo da vítima uma forma de
subvida consumidora, geralmente produz efeitos surpreendentes.
O espírito parasitário é uma
criatura humana com os direitos comuns da espécie humana e deve ser sempre
encarado como parceiro dos sofrimentos do parasitado. Nesses tratamentos não se
deve desprezar o concurso médico, pois os efeitos negativos do parasitismo
espiritual, depauperando o organismo da vítima, propiciam também a infiltração
dos parasitas do meio físico, que devem ser combatidos com os medicamentos
específicos.
Embora a ação espiritual das
entidades protetoras possa também ajudar o reequilíbrio orgânico, a presença de
um médico, se possível espírita, se faz necessária. Enganam-se os que se voltam
contra a Medicina nessas ocasiões, pois as leis e os recursos do meio físico
são mais apropriados nesses casos.
Os recursos espirituais são os
passes espíritas, a frequência regular a reuniões mediúnicas, o estudo e a
leitura dos livros espíritas básicos, a prática da prece individual diária pelo
parasitado em favor do parasita ou
parasitas.
Todas essas providências devem
ser orientadas por pessoas conhecedoras do Espiritismo, despretensiosas e
dotadas de bom-senso, o que permitirá o controle do processo de cura. Todas as
práticas exorcistas, queima de ingredientes, queima de defumadores, aplicação
ginástica de passes formalizados, uso de plantas supostamente milagrosas ou
objetos de magia só poderá agravar a situação.
No vampirismo, graças à
exageração das tendências negativas da vítima, podemos ver com mais clareza,
como um microscópio de alta potência, o outro lado da personalidade humana, com
suas nuvens negras ocultando deformidades e desequilíbrios.
Conhecendo o problema das
relações telepáticas e o das captações paranormais em geral, dominamos
facilmente o panorama das perturbações. Temos assim os dados necessários para
conseguir o restabelecimento do equilíbrio do vampirizado, submetendo-o à
técnica espírita da doutrinação, que poderá estimular as suas reações,
praticamente bloqueadas pela vampirização.
No caso do parasitismo e do
vampirismo todo rigor é pouco, pois os erros e os enganos de interpretação
podem levar os trabalhos de cura a descaminhos perigosos.
Se não encararmos o parasitismo e
o vampirismo em termos rigorosamente doutrinários, no devido respeito ao método
kardeciano, estaremos sujeitos a ser enganados por espíritos mistificadores que
passarão a nos vampirizar.
Por tudo isso, a cura do
vampirismo não é mais do que um processo de separação dos implicados, de afastamento
do vampiro da órbita de sua vítima. Mas não basta esse primeiro passo. É
necessária a persuasão dos implicados pela doutrinação espírita. A doutrinação
é a transmissão do conhecimento doutrinário às duas partes. Sem essa
transmissão o processo não se completa e a cura será apenas uma suspensão do
vampirismo por algum tempo.
Como ensinou Jesus (e vemos nos
Evangelhos) podemos afastar os valentões que se apossaram da casa, limpá-la e
arrumá-la. Mas se ela ficar vazia os valentões convidarão outros parceiros e a
retomarão. Nesse caso, o estado da habitação será pior do que antes. Conforme o
grau de compromissos e responsabilidades mútuas entre os vampiros e suas
vítimas, o tratamento será mais ou menos prolongado.
Os vampiros são teimosos,
insistentes, pois o vampirismo é para eles o meio de se manterem na rotina de
seus vícios. A vítima, por sua vez, está sovada no vampirismo e acostumada na
entrega de si mesma sem relutância. A frequência regular da vítima aos passes e
às sessões mediúnicas é o único meio possível de fortalecê-la para resistência
necessária. Não nos iludamos com as melhoras instantâneas. Os vampiros não
largam facilmente as suas vítimas. Afastam-se estrategicamente e voltam com
mais fúria na primeira oportunidade favorável.
Quando os obsessores começam a
ceder, temos de tomar cuidado com as ciladas da astúcia, aumentando a nossa
confiança nos espíritos protetores e na essência espiritual do homem.
É necessário que as vítimas
curadas estejam convencidas disso e preparadas para repeli-los em suas
investidas manhosas. Apesar dessas dificuldades, em trabalhos bem dirigidos
conseguem-se não raro resultados relativamente rápidos, que permitem maiores
possibilidades na consolidação da cura.
Do livro “Vampirismo”, de José
Herculano Pires.
espiritananet.blogspot
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