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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Só assim o mundo que sonhamos acontecerá....


ANO NOVO TODOS OS DIAS

 Que a compreensão e a sabedoria estejam presente em todos os seus momentos, lembrando que a nossa caminhada é feita com os nossos passos, mas o êxito desta depende de nós mesmos.

Que nesse ano estejamos todos muito felizes ou não, mas que possamos brindar o ano que se inicia.

Que nestas últimas horas de 2012 possamos deixar para trás todas as tristezas, todas as decepções.

Que quando começar os primeiros minutos do Ano Novo comemoremos a chegada de um novo tempo, de um novo fim.

Que no raiar do primeiro dia do Ano Novo possamos viver a renovação em nossas vidas.

Se não podemos fazer um novo começo que possamos fazer um novo fim.

Que estejamos nós carregados de coragem e dedicação.

Coragem para mudar tudo que sabemos que precisa ser mudado e, dedicação para deixar para trás hábitos e vícios ruins. A preguiça, o medo de transformarmo-nos e de darmos o primeiro passo.

Que saibamos acreditar e confiar no amor e nas pessoas, que sejamos portadores só de coisas e ações boas, que sejamos os primeiros a desejar essas mudanças começando por nós mesmos.

E quando isso acontecer, tenhamos a mais absoluta certeza de que o ano novo já está em nós, e esse, será o melhor ano de nossas vidas.

Comecemos agora, nesse momento, por que sabemos que o melhor está em sermos melhores cada vez mais naquilo que já é bom em nós.

Porque as mudanças começam exatamente em nós mesmos, para depois estender-se ao nosso redor.

Iluminemo-nos com as luzes do amor, da caridade, da compaixão, do perdão. Façamos nascer o melhor em nós, cultivemos o amor e transformemos o mundo.

Que as luzes do Ano Novo acenda em nós o desejo de sermos melhores a cada dia.

Só assim o mundo que sonhamos acontecerá....

Feliz Ano Novo Sempre.

IARA e FELIPE BOTON .
DEZEMBRO DE 2012

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Enviei meus discípulos como ovelhas ao meio de lobos e vos recomendo que lhes sigais os passos no escabroso caminho.

JESUS AOS QUINHENTOS DA GALILEIA

- "Amados - a cada um se afigurou escutar na câmara secreta do coração -, eis que retorno a vida em meu Pai para regressar à luz do meu Reino!... Enviei meus discípulos como ovelhas ao meio de lobos e vos recomendo que lhes sigais os passos no escabroso caminho. Depois deles, é a vós que confio a tarefa sublime da redenção pelas verdades do Evangelho. Eles serão os semeadores, vós sereis o fermento divino. Instituo-vos os primeiros trabalhadores, os herdeiros iniciais dos bens divinos. Para entrardes na posse do tesouro celestial, muita vez experimentareis o martírio da cruz e o fel da ingratidão... Em conflito permanente com o mundo, estareis na Terra, fora de suas leis implacáveis e egoístas, até que as bases do meu Reino de concórdia e justiça se estabeleçam no espírito das criaturas. Negai-vos a vós mesmos, como neguei a minha própria vontade na execução dos desígnios de Deus, e tomai a vossa cruz para seguir-me.
"Séculos de luta vos esperam na estrada universal. É preciso imunizar o coração contra todos os enganos da vida transitória, para a soberana grandeza da vida imortal. Vossas sendas estão repletas de fantasmas de aniquilamento e de visões de morte. O mundo inteiro se levantará contra vós, em obediência espontânea às forças tenebrosas do mal, que ainda lhe dominam as fronteiras. Sereis escarnecidos e aparentemente desamparados; a dor vos assolará as esperanças mais caras; andareis esquecidos na Terra, em supremo abandono do coração. Não participareis do venenoso banquete das posses materiais, sofrerei a perseguição e o terror tereis o coração coberto de cicatrizes e de ultraje. A chaga é o vosso sinal, a coroa de espinhos vosso simbolo, a cruz, vosso percurso ditoso da redenção. Vossa voz será a do deserto, provocando, muitas vezes, o escárnio e a negação da parte dos que dominam na carne perecível.
"Mas, no desenrolar das batalhas incruentas do coração, quando todos os horizontes estiverem abafados pelas sombras da crueldade, dar-vos-ei da minha paz, que representa a água viva. Na existência ou na morte do corpo, estareis unidos ao meu Reino. O mundo vos cobrirá de golpes terríveis e destruidores, mas, de cada uma das vossas feridas, retirarei o trigo luminoso para os celeiros infinitos da graça, destinados ao sustento das mais ínfimas criaturas!... Até que o Reino se estabeleça na Terra, não conhecereis o amor no mundo; eu, no entanto, encherei a vossa solidão com minha assistência incessante. Gozarei em vós, como gozareis em mim o júbilo celeste da execução fiel dos desígnios de Deus. Quando tombardes, sob as arremetidas dos homens ainda pobres e infelizes, eu vos levantarei no silêncio do caminho, com as minhas mãos dedicadas ao vosso bem. Sereis a união onde houver separatividade, sacrifício onde existir o falso gozo, claridade onde campearem as trevas, porto amigo, edificado na rocha da fé viva, onde pairarem as sombras da desorientação. Sereis meu refúgio nas igrejas mais estranhas da Terra, minha esperança entre as loucuras humanas, minha verdade onde se perturbar a ciência incompleta do mundo!...
"Amados, eis que também vos envio como ovelhas aos caminhos obscuros e ásperos. Entretanto, nada temais! Sede fiéis ao meu coração, como vos sou fiel, e o bom ânimo representará a vossa estrela! Ide ao mundo, onde teremos de vencer o mal! Aperfeiçoemos a nossa escola milenária, para que aí seja interpretada e posta em prática a Lei de Amor do Nosso Pai, em obediência feliz à sua vontade augusta!"
Naquela noite de imperecível recordação, foi confiado aos quinhentos da Galiléia o serviço glorioso da evangelização das coletividades terrestres, sob a inspiração de Jesus - Cristo. Mal sabiam eles, na sua mísera condição humana, que a palavra do Mestre alcançaria os séculos do porvir. E foi assim que, representando o fermento renovador do mundo, eles reencarnaram em todos os tempos, nos mais diversos climas religiosos e políticos do planeta, ensinando a verdade e abrindo novos caminhos de luz, através do bastidores eternos do Tempo.
Foram eles os primeiros a transmitir a sagrada vibração de coragem e confiança aos que tombaram nos campos do martírio, semeando a fé no coração pervertido das criaturas. Nos circos da vaidade humana, nas fogueiras e nos suplícios, ensinaram a lição de Jesus, com resignado heroísmo. Nas artes e nas ciências, plantaram concepções novas de desprendimento do mundo e de belezas do céu e, no seio das mais variadas religiões da Terra, continuam revelando o desejo do Cristo, que é de união e de amor, de fraternidade e concórdia.
Na qualidade de discípulos sinceros e bem-amados, desceram aos abismos mais tenebrosos, redimindo o mal com os seus sacrifícios purificadores, convertendo, com as luzes do Evangelho, à corrente da redenção, os espíritos mais empedernidos. Abandonados e desprotegidos na Terra, eles passam, edificando no silêncio as magnificências Reino de Deus, nos países dos corações e, multiplicando as notas de seu cântico de glória por entre os que se constituem instrumentos sinceros do bem com Jesus Cristo, formam a caravana sublime que nunca se dissolverá.

Livro Boa Nova - Chico Xavier
 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Não foi, portanto, um sacrifício, no sentido de um esforço de imolação entre desespero e luta renhida.


SACRIFÍCIO E AMOR



Invariavelmente, quando se fala da sublime doação do Mestre ao seu rebanho, entregando-lhe a própria vida, assevera-se que este foi-LHE um grande sacrifício, como se Ele não tivesse conhecimento, desde antes, a respeito da necessidade de demonstrar a inefável grandeza do Seu amor.
O conceito de sacrifício, em tão elevada demonstração de afeto, não se ajusta à realidade, porquanto Ele marchou para o matadouro  absolutamente seguro, consciente e confiante da necessidade de fazê-lo, a fim de que, dessa maneira, pudesse despertar Seus afeiçoados para o significado da Sua entrega total.
Estivera com todos em momentos felizes, oferecendo-lhes bênçãos de saúde e de conhecimento, de esperança e de paz, informando, entretanto, que a existência física não é definitiva e que todos deveriam preparar-se para o enfrentamento com suas vicissitudes e os naturais sofrimentos.
Restituía-lhes a saúde, mas não impedia que viessem a morrer. Proporcionava-lhes júbilos, porém não evitava que fossem visitados pela tristeza que decorre do processo de evolução ante os dissabores e as lições morais de crescimento íntimo.
Concedia-lhes paz, entretanto, não se permitia impossibilitar a luta que cada qual deve travar,  a fim de autoconhecer-se e de encontrar o rumo da iluminação.
Mimetizava-os com Sua ternura, todavia, era necessário que se esforçassem para preservá-la.
Jamais de os deixou de amparar e de os auxiliar no crescimento íntimo para Deus.
Abriu-lhes os olhos da alma para o discernimento e para a razão, concitou-os ao trabalho e à solidariedade vivendo a serviço do Pai, sem jamais queixar-se ou exigir-lhes o que quer que fosse.
Tornara-se, portanto, indispensável demonstrar-lhes a grandeza desse amor, oferecendo a existência em holocausto no rumo da Vida Eterna , última e vigorosa maneira de fazê-los crer.
Não foi, portanto, um sacrifício, no sentido de um esforço de imolação entre desespero e luta renhida.
Sacrifício, ser-Lhe-ia deixar ao próprio destino aqueles que o Pai Lhe confiara para pastorear, conduzindo-os pelo rumo certo do dever e da conquista de si mesmos.
Seria também sacrifício se, por acaso, se houvesse eximido da oferenda máxima que se tem notícia, para que cada qual pudesse aprender através do sofrimento, que somente no dever se encontra a razão essencial da existência humana.
A cruz, que sempre foi um símbolo de humilhação e de desgraça, de punição e de corrigenda severa, com Jesus tornou-se asas de libertação, facultando o vôo no rumo do infinito.
Em razão disso, Ele doou a Sua vida para que todos a tivéssemos em abundância, lutando pessoalmente, cada qual, por adquirí-la.
Quando se ama, nada constitui esforço, sofrimento, sacrifício.
O amor é tão rico de carinho e de bênçãos, que se multiplica, à medida que se oferece,  jamais diminuindo de intensidade quanto mais se distribui.
Invariavelmente, as criaturas consideram-no uma operação de reciprocidade, mediante a qual a permuta dos sentimentos faz-se estímulo para o seu prosseguimento.
De alguma forma, porém, essa expressão de amor não deixa de ser o processo que o levará à sublimação do querer e do doar,
Saindo do instinto, que é todo posse, matriz do egoísmo perturbador, aformoseia-se com a experiência afetiva, agigantando-se e tornando-se maior na proporção da abnegação e do  devotamento de que se faz portador.
O amor nunca se exalta, nem reclama, porque é fonte de compreensão, nada obstante, também de educação das emoções, do comportamento da vida.
O Mestre sempre ensinava, e o clímax dessas lições foi Sua crucificação, mediante a qual, em forma de tragédia, atrairia todos a Ele.
O ser humano, infelizmente, ainda necessita do espetáculo ou da terapia do choque, de modo a despertar do letargo a que se entrega.
Isso ocorre em todos os campos do relacionamento social.
Quando os fatos transcorrem naturais e sem comoção, não se tornam de aceitação imediata, pacifica e penetrante. No entanto, quando produzem impacto, sensação peculiar, despertam interesse, discussão e aceitação na maioria das vezes.
Eis porque, embora seja o amor a fonte inexaurível de enriquecimento, o progresso do ser como indivíduo e da sociedade como organismo coletivo, tem sido mediante a dor, especialmente estabelecida pelos testemunhos que são considerados sacrifícios do prazer e do gozo imediato.
Dessa forma, a deia vigente é de que a suprema doação do Mestre seria também um sacrifício em favor dos Seus afeiçoados, quando, diferindo do convencional, o Seu exemplo de enriquecimento é um convite à reflexão. Se Ele, que não tinha culpa, foi conduzido ao máximo de entrega, é natural que as criaturas, caracterizadas pelas cargas emocionais de desequilíbrio e dívidas morais, não se possam considerar exceção, eximindo-se ao padecimento purificador,
NEle temos a oferenda de ternura e de alegria, embora as excruciantes que padeceu, confirmando Sua procedência de enviado de Deus, o Messias que as tormentosas condições israelitas negavam-se a aceitar.
Na sua desenfreada alucinação pelo poder e dominação pelo orgulho, mediante o qual, a raça eleita governaria o mundo dos gentios, era muito difícil aceitar aquele Rei especial, sem trono nem exército homocida, sem áulicos com trombetas nem embaixadores soberbos precedendo-o.
Como o Seu reino não era desse mundo, os ministros servidores não se apresentavam visíveis senão, à semelhança de João Batista, o Precursor, ou dos profetas que vieram bem antes dEle e foram, uns ridicularizados, outros perseguidos, outros mortos...
Esforça-te, por tua vez, para entender a doação da vida como a entrega amorosa Àquele que a gerou.
Aprende a renunciar aos pequenos apegos, crescendo na direção da superação dos tormentosos desejos, aqueles de grande porte, em homenagem à tua auto-iluminação, à tua ascensão.
É sempre necessário morrer, a fim de viver em plenitude.
Tem como exemplo Jesus em todas as situações, e se amas, tudo quanto ofereças, não constitua sacrifício nem sofrimento, antes mensagem de alegria e paz.

Joanna de Angelis
Libertação pelo Amor

 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Amas profundamente alguém que o vicio ainda ensombra, entretanto, não temes avalizar-lhe os compromissos de reajuste.


Mediunidade e imperfeição



Repara quantas vezes necessitas de perdão e de auxílio.
Erraste na oficina em que dignificas o próprio nome, mas não vacilas em pedir novas oportunidades de serviço e de confiança.
Deves quantia importante e não podes pagar no momento certo, contudo, não hesitas rogar o beneficio da moratória.
Sofres com as faltas do filho que a vida te confiou, no entanto, esperas regenerá-lo em novas experiências.
Amas profundamente alguém que o vicio ainda ensombra, entretanto, não temes avalizar-lhe os compromissos de reajuste.
Encontrarás, porém, aqueles que não sofreram bastante para escusar as deficiências alheias, habitualmente empoleirados nas altas janelas das torres de marfim a que se acolhem para contar as feridas dos que passam na rua da provação.
Exigem que os outros sejam modelos completos de heroísmo e grandeza moral, mas não se dispõem a minorar-lhes o fardo de aflições que transportam.
Acusam a Terra como sendo um presídio de chagas, mas comem-lhe o pão, inicialmente elaborado no trato de lama que a enxada disciplinou.
Julgam encontrar em cada Irmão do caminho um criminoso potencial; contudo, não examinam a si mesmos a fim de ver até que ponto hão sido resistentes às tentações.
Se tens a consciência desperta, perante as necessidades da própria alma, entenderás facilmente que a mediunidade é recurso de trabalho como qualquer outro que se destine à edificação.
Por enquanto, no mundo, não há médiuns perfeitos como não existem criaturas humanas perfeitas.
Cada instrumento medianímico, tanto quanto cada pessoa terrestre, carrega consigo determinadas provas e problemas determinados.
A mediunidade é ensejo de serviço e aprimoramento, resgate e solução.

Livro Seara dos Médiuns
Reunião pública de 10/6/1960
Questão nº 220 – Parágrafos 12º, 13º e 14º

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Malham médiuns, fazem sarcasmo, condenam a psicoterapia em favor dos desencarnados sofredores e, por vezes, atingem o disparate de afirmar que a prática medianímica estabelece a loucura.


Obsessão e Jesus

Cristãos eminentes, em variadas escolas do Evangelho, asseveram na atualidade que o problema da obsessão teria nascido no culto da mediunidade, à luz da Doutrina Espírita, quando a Doutrina Espírita é o recurso para a supressão do flagelo.
Malham médiuns, fazem sarcasmo, condenam a psicoterapia em favor dos desencarnados sofredores e, por vezes, atingem o disparate de afirmar que a prática medianímica estabelece a loucura.
Esquecem-se, no entanto, de que a vida de Jesus, na Terra, foi uma batalha constante e silenciosa contra obsessões, obsidiados e obsessores.
O combate começa no alvorecer do apostolado divino.
Depois da resplendente consagração na manjedoura, o Mestre encontra o primeiro grande obsidiado na pessoa de Herodes, que decreta a matança de pequeninos, com o objetivo de aniquilá-lo.
Mais tarde, João Batista, o companheiro de eleição que vem ao mundo secundar- lhe  a obra sublime, sucumbe degolado, em plena conspiração de agentes da sombra.
Obsessores cruéis não vacilam em procurá-lo, nas orações do deserto, verificando lhe os valores do sentimento.
A cada passo, surpreende Espíritos infelizes senhoreando médiuns desnorteados.
O testemunho dos apóstolos é sobejamente inequívoco.
Relata Mateus que os obsidiados gerasenos chegavam a ser ferozes; refere-se  Marcos ao obsidiado de Cafarnaum, de quem desventurado obsessor se retira clamando contra o Senhor em grandes vozes; narra Lucas o episódio em que Jesus realiza a cura de um jovem lunático, do qual se afasta o perseguidor invisível, logo após arrojar o doente ao chão, em convulsões epileptóides; e reporta-se João a israelitas positivamente obsidiados, que apedrejam o Cristo, sem motivo, na chamada Festa da Dedicação.
Entre os que lhe comungam a estrada surge obsessões e psicoses diversas.
Maria de Magdala, que se faria a mensageira da ressurreição, fora vitima de entidades perversas.
Pedro sofria de obsessão periódica.
Judas era enceguecido em obsessão fulminante.
Caifás mostrava-se paranoico.
Pilatos tinha crises de medo.
No dia da crucificação, vemos o Senhor rodeado por obsessões de todos os tipos, a ponto de ser considerado, pela multidão, inferior a Barrabás, malfeitor e obsesso vulgar.
E, por último, como se quisesse deliberadamente legar-nos preciosa lição de caridade para com os alienados mentais, declarado ou não, que enxameiam no mundo, o Divino Amigo prefere partir da Terra na intimidade de dois ladrões, que a Ciência de hoje classificaria por cleptomaníacos pertinazes.
A vista disso, ante os escarnecedores de todos os tempos, eduquemos a mediunidade na Doutrina Espírita, porque só a Doutrina Espírita é luz bastante forte, em nome do Senhor, para clarear a razão, quando a mente se transvia, desgovernada, sob o fascínio das trevas.


Livro Seara dos médiuns

Reunião pública de 4/3/60

Questão nº 237

 

 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012


LEMBRA-TE DE DEUS
Lembra-te de Deus para que não olvides a tua alma no labirinto das sombras.
O Criador vive e palpita na Criação que o reflete.
Quando estiveres ferido pelas farpas do sofrimento, lembra-te  de Deus que, em muitas ocasiões, socorre a terra seca, por intermédio de nuvens tempestuosas.
Quando te sentires revoltado ante as misérias do mundo, lembra-te de Deus, cuja majestade permanece incorruptível, no próprio fruto podre, através da semente pura em que a planta se renovará exuberante  e  vitoriosa.
Lembra-te de Deus e aprende a não julgar com os olhos físicos, que apenas assinalam na Terra ligeiras nuances da verdade.
Tudo nos infinitos domínios do Infinito Universo é transformação incessante para a glória do bem.
Em razão disso, o mal é sempre efêmero nevoeiro na exaltação da eterna luz, e toda  sombra, por mais dilatada no espaço e no tempo, não passa de expressão transitória no jogo das aparências.
Não reproves, assim, o solo estéril pela carência que patenteia e nem condenes a víscera cadavérica pelo bafio que exala, porque, amanhã, a Bondade de Deus pode reunir um e outro, com eles edificando um berçário de lírios.
Não te antecipes à Justiça do Pai Celeste quando fores incomodado, porque o Pai Celeste sabe distribuir o pão e a corrigenda com os filhos que lhe constituem o patrimônio de excelso amor.
Ainda mesmo diante do inferno que nós criamos na consciência com os nossos erros deliberados, ei-lo, bondoso, a expressar-se com o seu Divino Devotamento, transformando-o em lixívia que nos sane as mazelas da alma.
Trabalha, ajudando sempre, , na certeza de que
Deus sustenta a vida, para que a vida se aprimore.
Assim sendo, no princípio de cada dia ou no começo de cada tarefa nova, faz da oração a nota inicial de teu passo primeiro, para que te não falte inspiração do Céu em toda a medida justa.
Quando fatigado, seja Deus teu descanso.
Quando aflito, seja Deus teu consolo.
Quando supostamente derrotado, seja Deus teu arrimo.
Quando em desalento, seja Deus tua fé.
Ergue, diariamente, um templo vivo de amor a Deus em teu espírito e rende-lhe preito incessante, através do serviço ao próximo, nas lutas de cada hora.
Em todos os lances de nossa peregrinação para os cimos, lembremo-nos de Deus para que não estejamos esquecidos de nós.

Meimei
(De “Vozes do Grande Além”, de Francisco Cândido Xavier – Diversos Espíritos)

sábado, 3 de novembro de 2012


 

CASAMENTO


Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?



É um progresso na marcha da Humanidade.




O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Questão 695




O casamento ou a união permanente de dois seres, como é óbvio, implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.
Essa união reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa, um companheiro para uma companheira, um coração para outro coração ou vice-versa, na criação e desenvolvimento de valores para a vida.

Imperioso, porém, que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer desconsideração entre si.
Quando as obrigações mútuas não são respeitadas no ajuste, a comunhão sexual injuriada ou perfidamente interrompida costuma gerar dolorosas repercussões na consciência, estabelecendo problemas cármicos de solução, por vezes, muito difícil, porquanto ninguém fere alguém sem ferir a si mesmo. Indiscutivelmente, nos Planos Superiores, o liame entre dois seres é espontâneo, composto em vínculos de afinidade inelutável.
Na Terra do futuro, as ligações afetivas obedecerão a idêntico princípio e, por antecipação, milhares de criaturas já desfrutam no próprio estágio da encarnação dessas uniões ideais, em que se jungem psiquicamente uma à outra, sem necessidade da permuta sexual, mais profundamente considerada, a fim de se apoiarem
mutuamente, na formação de obras preciosas, na esfera do espírito.
Acontece, no entanto, que milhões de almas, detidas na evolução primária, jazem no Planeta, arraigadas a débitos escabrosos, perante a lei de causa e efeito e, inclinadas que ainda são ao desequilíbrio e ao abuso, exigem severos estatutos dos homens para a regulação das trocas sexuais que lhes dizem respeito, de modo a que não se façam salteadores impunes na construção do mundo moral. Os débitos contraídos por legiões de companheiros da Humanidade, portadores de entendimento verde para os temas do amor, determinam a existência de milhões de uniões supostamente infelizes, nas quais a reparação de faltas passadas confere a numerosos ajustes sexuais, sejam eles ou não acobertados pelo beneplácito das leis humanas, o aspecto de ligações francamente expiatórias, com base no sofrimento purificador. De qualquer modo, é forçoso reconhecer que não existem no mundo conjugações afetivas, sejam elas quais forem, sem razões nos princípios cármicos, nos quais as nossas responsabilidades são esposadas em comum.

VIDA E SEXO (pelo Espírito Emmanuel)
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012






COMPROMISSO AFETIVO
 




O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre arbítrio.





O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes se mostra impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; porém, como determiná-lo com exatidão? Onde começa ele? O dever principia sempre, para cada um de vós, do ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vossa.



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Cap. XVII, Item 7




A guerra efetivamente flagela a Humanidade, semeando terror e morticínio, entre as nações; entretanto, a afeição erradamente orientada, através do compromisso escarnecido, cobre o mundo de vítimas.
Quem estude os conflitos do sexo, na atualidade da Terra, admitindo a civilização em decadência, tão só examinando as absurdidades que se praticam em nome do amor, ainda não entendeu que os problemas do equilíbrio emotivo são, até agora, de todos os tempos, na vida planetária.





As Leis do Universo esperar-nos-ão pelos milênios afora, mas terminarão por se inscreverem, a caracteres de luz, em nossas próprias consciências. E essas Leis determinam amemos os outros qual nos amamos.
Para que não sejamos mutilados psíquicos, urge não mutilar o próximo.
Em matéria de afetividade, no curso dos séculos, vezes inúmeras disparamos na direção do narcisismo e, estirados na volúpia do prazer estéril, espezinhamos sentimentos alheios, impelindo criaturas estimáveis e nobres a processos de angústia e criminalidade, depois de prendê-las a nós mesmos com o vínculo de promessas brilhantes, das quais nos descartamos em movimentação imponderada.
Toda vez que determinada pessoa convide outra à comunhão sexual ou aceita de alguém um apelo neste sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelecese entre ambas um circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais, em regime de reciprocidade.
Quando um dos parceiros foge ao compromisso assumido, sem razão justa, lesa o outro na sustentação do equilíbrio emotivo, seja qual for o campo de circunstâncias em que esse compromisso venha a ser efetuado. É dada a ruptura no sistema de permuta das cargas magnéticas de manutenção, de alma para alma, o parceiro prejudicado, se não dispõe de conhecimentos superiores na autodefensiva, entra em pânico, sem que se lhe possa prever o descontrole que, muitas vezes,  raia na delinquência.
Tais resultados da imprudência e da invigilância repercutem no agressor, que partilhará das consequências desencadeadas por ele próprio, debitando-se-lhe ao caminho a sementeira partilhada de conflitos e frustrações que carreará para o futuro.


Sabemos que a Justiça Humana comina punições para os atos de pilhagem na esfera das realidades objetivas, considerando a respeitabilidade dos interesses alheios; no entanto, os legisladores terrestres perceberão igualmente, um dia, que a Justiça Divina alcança também os contraventores da Lei do Amor e determina se lhes instale nas consciências os reflexos do saque afetivo que perpetram contra os outros.
Daí procede a clara certeza de que não escaparemos das equações infelizes dos compromissos de ordem sentimental, injustamente menosprezados, que resgataremos em tempo hábil, parcela a parcela, pela contabilidade dos princípios de causa e efeito.
Reencarnados que estaremos sempre, nesse sentido, até exonerar o próprio espírito das mutilações e conflitos hauridos no clima da irreflexão, aprenderemos no corpo de nossas próprias manifestações ou no ambiente da vivência pessoal, através da penalogia sem cárcere aparente, que nunca lesaremos a outrem sem lesar a nós.





 Vida e Sexo - Emmanuel
Psicografia - Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Repara quantas vezes necessitas de perdão e de auxílio.

Mediunidade e imperfeição
Reunião pública de 10/6/1960
Questão nº 220 – Parágrafos 12º, 13º e 14º
 
Repara quantas vezes necessitas de perdão e de auxílio.
Erraste na oficina em que dignificas o próprio nome, mas não vacilas em pedir novas oportunidades de serviço e de confiança.
Deves quantia importante e não podes pagar no momento certo, contudo, não hesitas rogar o beneficio da moratória.
Sofres com as faltas do filho que a vida te confiou, no entanto, esperas regenerá-lo em novas experiências.
Amas profundamente alguém que o vicio ainda ensombra, entretanto, não temes avalizar-lhe os compromissos de reajuste.
Encontrarás, porém, aqueles que não sofreram bastante para escusar as deficiências alheias, habitualmente empoleirados nas altas janelas das torres de marfim a que se acolhem para contar as feridas dos que passam na rua da provação.
Exigem que os outros sejam modelos completos de heroísmo e grandeza moral, mas não se dispõem a minorar-lhes o fardo de aflições que transportam.
Acusam a Terra como sendo um presídio de chagas, mas comem-lhe o pão, inicialmente elaborado no trato de lama que a enxada disciplinou.
Julgam encontrar em cada Irmão do caminho um criminoso potencial;, contudo, não examinam a si mesmos a fim de ver até que ponto hão sido resistentes às tentações.
Se tens a consciência desperta, perante as necessidades da própria alma, entenderás facilmente que a mediunidade é recurso de trabalho como qualquer outro que se destine à edificação.
Por enquanto, no mundo, não há médiuns perfeitos como não existem criaturas humanas perfeitas.
Cada instrumento medianímico, tanto quanto cada pessoa terrestre, carrega consigo determinadas provas e problemas determinados.
A mediunidade é ensejo de serviço e aprimoramento, resgate e solução.

domingo, 7 de outubro de 2012

Dever espírita - Reunião pública de 23/5/1960


Com muita propriedade, afirmou Allan Kardec que os Espíritos elevados se ligam de preferência aos que procuram instruir-se.
E quem busca instruir-se, escolhe o caminho do esforço máximo.
Todo educandário é instituto de disciplina.
Entretanto, aqui e ali, aparecem alunos viciados em recreio e preguiça, suborno e cola.
Estes, contudo, podem obter as mais brilhantes situações, no jogo das aparências, mas nunca o respeito e a confiança dos professores dignos do titulo que conquistaram.
Na Doutrina Espírita, escola maternal de nossas almas, há mais de um século surgem,  aprendizes de todas as condições.
Aos que pediam fenômenos para alicerçar a convicção, foi concedida pelos instrutores da Humanidade a mais alta cópia de francas demonstrações da sobrevivência.
As pesquisas rigorosamente científicas de William Crookes e as respostas positivas do Plano Espiritual valeram por insofismável testemunho da verdade, a  beneficio de todo o orbe, e, porque os discípulos da Nova Revelação se espalhassem por toda parte, as experiências foram examinadas e são, até hoje, reexaminadas, sob variada nomenclatura, em todas as direções.
Os tarefeiros do ensinamento espírita, por isso, não podem esquecer a obrigação de preservá-lo a cavaleiro de todas as investidas dos alunos ociosos, que nada procuram senão divertir e polemizar.
Vê-los-emos, em todos os lugares, sempre dispostos a pentear as ocorrências e expor de público as caspas recolhidas, para o espetáculo das discussões sem proveito.
Resguardemos a mensagem edificante do Espiritismo contra aqueles que tomam o fruto da lição, perdendo tempo em repetidas e inúteis perquirições sobre a casca, com deliberado abandono da substância.
Há dois milênios se agita a opinião da Terra em torno do Cristo, organizando-se, em nome dele, guerras e conchavos, disputas e controvérsias, dietas e conselhos, interpretações e perseguições, mas o que permanece firme, através do tempo, é a palavra do Evangelho.
Armem-se os caçadores de fenômenos como desejem, e detenham, como puderem, os elementos que a vida endereça à necessária renovação.
Todo fenômeno edifica, se recebido para enriquecer o campo da essência.
Quanto a nós, porém, estejamos fiéis à instrução, desmaterializando o espírito, quanto possível, para que o Espírito se conheça e se disponha a brilhar.
Emmanuel.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Em tarefa espírita        Reunião pública de 5/2/60
                                                               Questão nº 30
Abraçando na Doutrina Espírita o clima da própria fé, lembra-te de Jesus, à frente do povo a que se propunha servir.
Não se localiza o Divino Mestre em tribuna garantida por assessores plenamente identificados com os seus princípios.
Ele é alguém que caminha diante da multidão.
Chama açoitada pela ventania das circunstâncias adversas...
Árvore sublime batida pelas varas da exigência incessante...
Ninguém o vê rodeado de colaboradores completos, mas de problemas a resolver.
E, renteando com os doentes e aflitos que lhe solicitam apoio, todas as personalidades que lhe cruzam a senda representam atitudes diversas, reclamando-lhe paciência.
João Batista duvida.
Natanael questiona.
Nicodemos indaga.
Zaqueu observa.
Caifás conspira.
Judas deserta.
Pedro nega.
Pilatos finge.
Ântipas escarnece.
Tomé desconfia.
Apesar de tudo, Ele passa, sozinho e imperturbável, como sendo o amor não-amado, ensinando e ajudando sempre.
Assim também, na instituição em que transitas, encontrarás em quase todos
os companheiros oportunidades de aprender ou de auxiliar.
A cada passo, encontrarás os que te pedem amparo...
Os que te rogam alívio...
Os que te suplicam consolo...
Os que esperam entendimento...
Não te faltarão, contudo, igualmente, os que te desafiam a calma...
Os que te zombem dos ideais...
Os que te complicam as horas...
Os que te criam dificuldades...
Os que te ferem o coração...
Entretanto, se conheces o caminho exato, é preciso ajudes aos que se transviam; se te equilibras, é preciso socorras os que se perturbam; se te manténs firme, é preciso sustentar os que caem, e, se já entesouraste leve migalha de luz, é preciso auxilies os que se debatem nas trevas.
Desse modo, não te faças distraído quanto à orientação que nos é comum, porquanto o espírita verdadeiro, diante do mal, é invariavelmente chamado a fazer o bem.

Livro: Seara dos Médiuns
Psicografia de Chico Xavier/ Emmanuel