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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mas será que existe alma Gêmea? Será que o homem não busca apenas uma forma de sanar a sua carência afetiva?


Conta um mito grego que no início os seres humanos não eram como hoje. Eles possuíam duas cabeças, quatro pernas e quatro braços, eram dois seres em um só corpo. Uma das metades era feminina e a outra era masculina, e por conta da sua desobediência e injustiça ao deus maior do Olimpo ele foram cortados ao meio e até hoje procuram a sua outra metade sem ter conseguido jamais encontra-la.
Segundo esse mito, é por isso que homens e mulheres vagueiam infelizes, em busca da sua metade perdida sem jamais encontrar a certa.
O mito se perdeu com o tempo, mas, a ideia de o homem ser incompleto não, e, isso perdura até os dias atuais. E talvez seja por isso que o homem busca incansavelmente pela sua alma gêmea.
Mas será que existe alma gêmea?
Será que o homem não busca apenas uma forma de sanar a sua carência afetiva?
Embora isso possa parecer uma incógnita a verdade é que o homem em geral deseja sim encontrar a sua outra metade. Parece que sem a sua outra metade ele é incompleto e, busca em outro ser se completar para que juntas as metades formem um só ser; o que ao refletirmos um pouco percebemos ser isso impossível haja vista que somos individualidades.
Precisamos uns dos outros sim, porque somos gregários e vivemos em sociedade. Temos uma família que é constituída e perpetuada através da união entre um homem e uma mulher. Mas, para progredirmos, tanto, intelectualmente quanto espiritualmente, não dependemos do outro.
Temos níveis intelectuais e morais diferenciados. Conquistamos nossas virtudes e nossa felicidade sozinhos, não dependemos dessa outra metade para essas conquistas.
Encontramos sim em nossos cônjuges muitas coisas em comum a nós, mas também muitas  diferenças, e isso, nos faz crescer enquanto individualidades e não porque eles são a parte que nos faltava.
Normalmente achamos que aquela pessoa que amamos é perfeita para nós enquanto corresponde às nossas “carências”, e, no momento que reconhecemos que não é a pessoa que nos completa, partimos para outra e mais outra, e aí, a fusão já virou confusão.
Quando convivemos com a pessoa que temos afinidade, algo em comum e desejamos tê-la para sempre ao nosso lado, geralmente queremos que ela seja sempre como nós gostamos, e assim, acabamos por ignorar, ou melhor, violentar a sua individualidade. Ignoramos assim, que o respeito e a aceitação do outro como ele é será a garantia de um bom relacionamento.
Se fizermos isso perceberemos que a relação entre dois inteiros fica melhor do que a relação entre duas metades que nunca saberemos se é a certa.
Perceberemos que as diferenças de dois inteiros darão possibilidades de relações saudáveis na vida a dois, caso contrário, não precisaríamos da união entre dois indivíduos. Não precisamos transformar dois em um só, pelo simples fato de que o crescimento é individual.
De outra forma, só poderíamos progredir se a outra parte progredisse também. E se a outra metade não almejasse se aperfeiçoar, como seria?
Se a pessoa com quem construímos um lar não for exatamente o que esperávamos, lembremos que foi com ela que escolhemos viver e aparar algumas arestas, e que neste mundo, não existe ninguém perfeito, que a busca pelo ser perfeito, que a busca pelo ser perfeito será em vão, porque se houvesse alguém perfeito, este estaria em busca de outro ser perfeito que não somos nós. Programamos nossas vidas antes mesmo de nascermos. Sendo assim, temos conosco quem precisamos ter e não quem gostaríamos de ter.
Se amarmos quem temos ao nosso lado talvez consigamos encontrar a tão sonhada felicidade.
Não espere o amanhã para dizer que amas.
Amanhã pode ser tarde demais.
Públio Lentulus perdeu a oportunidade de dizer a Lívia o quanto a amava. Ele compôs a letra Alma Gêmea e Lívia fez a música e o presenteou.

 Letra de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier,
do livro "Há 2000 Anos".

Alma gêmea de minh'alma
Flor de luz da minha vida
Sublime estrela caída
Das belezas da amplidão

Quando eu errava no mundo
Triste e só no meu caminho
Chegaste devagarinho
E encheste-me o coração

Vinhas nas bênçãos dos deuses
Na divina claridade
Tecer-me a felicidade
Em sorrisos de esplendor

És meu tesouro infinito
Juro-te eterna aliança
Porque eu sou tua esperança
Como és todo meu amor

Alma gêmea de minh'alma
Se eu te perder algum dia
Serei a escura agonia
Da saudade dos teus véus

Se um dia me abandonares
Luz terna dos meus amores
Hei de esperar-te entre as flores
Das claridades dos céus


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