Os clarividentes podem vê-los facilmente no nosso duplo etérico, em cuja superfície aparecem sob forma de depressões semelhantes a pratinhos ou vórtices. Desse modo cada chakra assemelha-se a uma flor cujas pétalas estão em movimento constante e harmônico. Quando já totalmente desenvolvidos, assemelham-se a círculos de uns cinco centímetros de diâmetro, que brilham mortiçamente no homem comum, mas que, ao se excitarem vividamente, aumentam de tamanho e são vistos como refulgentes e coruscantes torvelinhos à maneira de diminutos sóis. Todas essas rodas giram incessantemente e pela boca aberta de cada uma delas flui continuamente a energia do mundo superior. Sem esse influxo de energia, não existiria o corpo físico.
São ao mesmo tempo transmissores e transformadores de energia de corpo para o corpo, uma vez que seu mecanismo sincroniza as energias emocionais, mentais e etéricas. Eles aumentam ou reduzem a energia, ou moderam ou aceleram sua atividade, de um corpo para outro, de modo que a energia mais rápida do corpo emocional possa afetar a energia mais lenta do etérico, e vice-versa.
As cores, que variam de chakra para chakra, também reluzem de um modo que contribui para sua aparência de flor. Numa pessoa saudável, as formas dos chakras se encontram num belo equilíbrio simétrico e orgânico, em que todas as partes fluem em uníssono, num padrão rítmico. Seu movimento tem na verdade um caráter harmônico e musical, com ritmos que variam de acordo com as diferenças individuais de constituição e temperamento.
Portanto, os chakras atuam em todos os seres humanos. Nas pessoas pouco evoluídas seu movimento é lento, o estritamente necessário para formar o vórtice adequado ao influxo de energia. No homem bastante evoluído, refulgem e palpitam com vívida luz, de maneira que por eles passa uma quantidade muitíssimo maior de energia, e o indivíduo obtém como resultado o acréscimo de suas potências e faculdades.
Os principais chakras do corpo etérico estão alinhados ao longo de um eixo vertical, com os cinco chakras inferiores paralelos à medula espinhal, estendendo-se da base da coluna vertebral ao crânio, e os outros dois, um situado entre as sobrancelhas e o outro no alto da cabeça. Este último, o Chakra Coronário, é em geral maior do que os outros, sendo a sede dominante da consciência.
Os chakras variam de tamanho e brilho, que indicam talentos e habilidades especiais. O centro laríngeo e frontal de um cantor talentoso, por exemplo, é bem maior do que o normal, além de mais brilhante e mais luminoso, girando ainda com maior rapidez.
Cada um dos centros possui ligações especiais com determinados órgãos do corpo, bem como com certos estados de consciência.
As glândulas endócrinas – projeções físicas de cada um dos sete chakras – são sustentadas pelos padrões de energia oriundos de cada um deles a que estão relacionadas.
Os chakras também revelam a ênfase fundamental do indivíduo – o foco do "Eu". Se uma pessoa se identifica basicamente com os sentimentos, os centros do coração e o do plexo solar serão mais ativos e proeminentes do que os outros. Um frontal muito brilhante indica um grau de integração pessoal; um coronário luminoso indica o desenvolvimento da consciência espiritual.
O fio da consciência que desperta está ligado ao núcleo do Chakra Coronário. Durante o sono esse fluxo de energia diminui, sendo reativado no momento do despertar. O fio da vida (Cordão de Sutratma) contudo, liga o Chakra Cardíaco ao coração físico, e essa ligação não se rompe durante a vida. Na ocasião da morte, o fio da consciência se retira do Chakra Coronário e o fio da vida se desliga do coração, sinalizando a desintegração de todos os outros chakras.
FUNÇÕES DOS CENTROS DE FORÇA:
CORONÁRIO: Órgão de ligação com o mundo espiritual; serve ao Espírito para influir sobre os demais centros de força; influi sobre o desenvolvimento mediúnico por sua ligação com a epífise (glândula pineal). A reativação dá continuidade de consciência no sono e nos desdobramentos. Cores básicas: Branco e dourado.
FRONTAL: Regula as atividades inteligentes; influi no desenvolvimento da vidência; tem ligações com a hipófise (glândula pituitária). Cores básicas: roxo, amarelo e azul.
LARÍNGEO: Regula as atividades ligadas ao uso da palavra; influi sobre a audição mediúnica. Cores básicas: prata e azul.
CARDÍACO: Regula as emoções e os sentimentos. A reativação expande os sentimentos; influi sobre a circulação do sangue e sua manipulação é delicada. Cores básicas: rosa e dourado brilhante.
BÁSICO: Na contenção deliberada, as forças que transitam por esse órgão se transformam, no cérebro, em energia intelectual. Estimula desejos, age sobre o sexo. Capta e distribui a força primária e serve para reativação dos demais centros. Essa reativação, se for feita assiduamente sobre o mesmo centro, aumenta a animalidade. Cores básicas: roxo e laranja forte.
BÁSICO: Na contenção deliberada, as forças que transitam por esse órgão se transformam, no cérebro, em energia intelectual. Estimula desejos, age sobre o sexo. Capta e distribui a força primária e serve para reativação dos demais centros. Essa reativação, se for feita assiduamente sobre o mesmo centro, aumenta a animalidade. Cores básicas: roxo e laranja forte.
GENÉSICO: Regula as atividades ligadas ao sexo, recebendo influência direta do Básico. A reativação aumenta a libido em grau imprevisível, podendo levar ao esgotamento e ao desequilíbrio, provocando muitas vezes vampirismo, sendo, portanto, desaconselhável a sua reativação.
ESPLÊNICO: Regula a circulação dos elementos vitais cósmicos que, após circularem, se eliminam pela pele, refletindo-se na aura; quanto mais intensa absorção, mais poderoso o magnetismo individual aplicável às curas. A reativação aumenta a captação dessas energias, a vitalidade nervosa e a normalidade circulatória sanguínea. Cores básicas: amarelo, roxo e verde.
GÁSTRICO: Regula a manipulação e a assimilação dos alimentos orgânicos; influi sobre as emoções e a sensibilidade, e sua apatia produz disfunções vegetativas. Cores básicas: roxo e verde.
Três Atitudes
Entendendo-se que o egoísmo e o orgulho são qualidades negativas na personalidade mediúnica, obscurecendo a palavra da Esfera Superior, e compreendendo-se que o bem é a condição inalienável para que a mensagem edificante seja transmitida sem mescla, examinemos essas três atitudes, em alguns dos quadros e circunstâncias da vida.
Na sociedade:
O egoísmo faz o que quer.
O orgulho faz como quer.
O bem faz quanto pode, acima das próprias obrigações.
No trabalho:
O egoísmo explora o que acha.
O orgulho oprime o que vê.
O bem produz incessantemente.
Na equipe:
O egoísmo atrai para si.
O orgulho pensa em si.
O bem serve a todos.
Na amizade:
O egoísmo utiliza situações.
O orgulho clama por privilégios.
O bem renuncia ao bem próprio.
Na fé:
O egoísmo aparenta.
O orgulho reclama.
O bem ouve.
Na responsabilidade:
O egoísmo foge.
O orgulho tiraniza.
O bem colabora.
Na dor alheia:
O egoísmo esquece.
O orgulho condena.
O bem ampara.
No estudo:
O egoísmo finge que sabe.
O orgulhoso não busca saber.
O bem aprende sempre, para realizar o melhor.
Médiuns, a orientação da Doutrina Espírita é sempre clara.
O egoísmo e o orgulho são dois corredores sombrios, inclinando-nos, em toda parte, ao vício e à delinquência, em angustiantes processos obsessivos, e só o bem é capaz de filtrar com lealdade a Inspiração Divina, mas para isso, é indispensável não apenas admirá-lo e divulgá-lo; acima de tudo, é preciso querê-lo e praticá-lo com todas as forças do coração.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Seara dos Médiuns. Ditado pelo Espírito Emmanuel.