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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PUBLIUS LENTULUS

sex, 20 de maio, 2005

No livro "Há 2.000 Anos", de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, podemos ver duas encarnações do próprio Emmanuel. A primeira como o cônsul Públio Lentulus Sura, um verdadeiro crápula, aliado político do temível Lúcio Catilina, e que tentou tomar o poder à força, foi descoberto e condenado à morte (leia mais no final do artigo). Após isso volta como seu próprio neto, com o mesmo nome (Públio Lentulus Cornélio), agora um senador incorruptível e austero, justamente com a missão de consertar as besteiras que fez no passado, SE consertando. Mas, como a natureza não dá saltos (e ninguém vira santo depois que morre) ele continua com um péssimo caráter espiritual. Foi nesta encarnação que ele encontrou Jesus, mas mesmo as palavras do Nazareno não conseguiram demovê-lo de seu orgulho e cegueira. Com o passar do tempo (e das bordoadas que leva nesta e em outras encarnações) é que ele vai depurando seu espírito, sempre com base na Lei do retorno.
Emmanuel não fala no livro, mas historicamente é quase certo foi ele que escreveu a descrição de Jesus ao Senado Romano, que chegou até nós de forma deturpada e em várias versões. O autor da carta é Publius Lentulus, e pode ser remontada ao tempo de Tertuliano (155-220). Este Pai da Igreja a menciona; dizem alguns que sobre a base de um transmitido oral. Faz parte do Ciclo de Pilatos, que descreve Jesus. Conta-se que o manuscrito foi encontrado em 1421 por Giacomo Colonna, num antigo arquivo romano; era uma correspondência enviada da Constantinopla para Roma, que foi traduzida do grego para o latim e sofreu alterações e revisões pela Cúria Romana. Tempos depois foi "atualizada" pelos humanistas do Renascimento, através da colagem de diversos fragmentos, de modo a compor textos narrativos.
A descrição da carta concorda com o Mandilion, com S. João Damasceno (último Pai da Igreja) e com Nicéforo Calixto.
Mesmo alterada com o passar do tempo, possui um fundo histórico cujo núcleo é autêntico, a saber: "homem de estatura mediana, usa barba, cabelo repartido ao meio, de cor castanha, nazareno, olhos claros, mãos longas, ensina que reis e escravos são iguais diante de Deus".
Pode-se achar o conteúdo da carta bastante elogioso pra o relato de um agitador judeu, mas temos de entender o contexto. Quando dizem que Jesus fazia milagres e curava pela palavra, isso, no contexto romano, era medonho e monstruoso. O Ciclo de Pilatos não precisa ser rejeitado automaticamente por causa de sua linguagem mitologizante  porque no tribunal romano a fábula seria prova de crime, a rigor nao há nada de essencialmente implausível no Ciclo de Pilatos em si, e sim no fato de que os documentos originais (meros artigos judiciais) teriam sido pesadamente manipulados para deixar a esfera de literatura judicial pura e simples e passar à literatura sapiencial e milagrosa.

Abaixo veremos 4 versões desta mesma Carta:
1ª versão:
  Existe nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente, de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado profeta da verdade e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do Céu e da Terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, cada dia se ouvem  coisas maravilhosas desse Jesus; ressuscita os mortos, cura os enfermos; em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto. Há tanta majestade no rosto, que aqueles que o vêem  são forçados  a amá-lo ou a temê-lo. Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura, distendidos até às orelhas e das orelhas até às espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes. Tem no meio da sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos Nazarenos; o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio; seu olhar é muito especioso e grave; tem os olhos graciosos e claros; o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele alguém se aproxima, verifica que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza; não se tendo jamais visto, por estas partes, uma donzela tão bela...
De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram. Dizem que um  tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos  judeus o tem como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de tua Majestade.
Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde.

2ª versão:
 Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, que vive atualmente, de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade; e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra, e de todas coisas que nela se acham ou, que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas deste Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, numa palavra, é um homem de justa estatura e muito belo no aspecto e, há tanta majestade no rosto, que aqueles que o vêem  são forçados a temê-lo ou amá-lo. Tem os olhos da cor da amêndoa bem madura, são distendidos até a orelha e, da orelha até os ombros, são da cor da terra, porém, mais reluzentes. Tem no meio da sua fronte uma linha separando o cabelo, na forma de uso entre os Nazarenos. O seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, [...] [muito parecido com sua mãe, que é de peregrina beleza, uma das belas mulheres da Palestina]
 A barba é espessa, semelhante ao cabelo, não muito longa, mas, separada pelo meio; seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, [o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol...] [porém ninguém pode olhar fixamente o seu semblante porque, quando resplende, apavora, quando ameniza, chora; faz-se amar e é alegre com gravidade].
 Dizem que nunca ninguém o viu rir [em público], mas, antes, chorar. [...] Na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele nos aproximamos, verificamos que é muito modesto na presença e na pessoa. Se a majestade tua, ó César, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível. [...] [tenho sido grandemente molestado por estes judeus] Caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, mas, em sua presença, falando com ele, tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas regiões. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram jamais tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como divino, mas, outros me querelam, afirmando que é contra a lei da tua majestade [...] Dizem que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário: aqueles que o conhecem e que com ele têm praticado afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém, à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que tua majestade ordenar será cumprido. Salve. Da tua majestade, fidelíssimo e obrigadíssimo. Publius Lentulus, presidente da Judéia. Indicção sétima, lua segunda.

3ª versão:
Lentulus, presidente de Jerusalém, ao Senado e ao povo romano, cumprimentos.
Apareceu em nossa época, e ainda vive,  um homem de grande poder, chamado Jesus Cristo. Os povos chamam-no profeta da verdade; seus alunos, filho de Deus. Levanta os mortos, e cura enfermidades. É um homem de estatura mediana (procerus, mediocris et spectabilis de statura); tem um aspecto venerável, e quem o olha, tem medo ou amor. Seu cabelo é da cor da amêndoa madura, reto às orelhas, mas abaixo das orelhas ondulados e cacheados, com um reflexo brilhante, caindo sobre seus ombros. É partido em dois no alto da cabeça, no uso dos nazarenos. Sua testa é lisa, rosto sem rugas, alongado. Seus nariz e boca sem falha. Barba abundante, da cor do cabelo, não longa, mas dividida no queixo. Seu aspecto é simples e digno, seus olhos refulgem. É terrível em suas reprimendas, doce e amigável em suas admoestações, gracioso sem perda da gravidade. É conhecido por nunca sorrir, mas chora frequentemente. Corpo bem proporcionado, mãos e braços bonitos. Sua conversação é sábia, infrequente [fala pouco], e modesta. É o mais bonito entre os filhos dos homens.

4ª versão:
Ultimamente apareceu na Judéia um homem de estranho poder, cujo verdadeiro nome é Jesus [Cristo], mas, a quem o povo chama "O Grande Profeta" e seus discípulos, "O Filho de Deus". Diariamente contam-se dele grandes prodígios: ressuscita os mortos, cura todas as enfermidades e traz assombrada toda Jerusalém com sua extraordinária doutrina. É um homem alto e de majestosa aparência [...]; cabelo da cor do vinho, desce ondulado sobre os ombros; dividido ao meio, ao estilo nazareno. [...] Barba abundante, da mesma cor do cabelo; [...] as mãos, finas e compridas; olhos claros, [plácidos e brilhantes]. É grave, comedido e sóbrio em seus discursos. Repreendendo e condenando, é terrível; instruindo e exortando, sua palavra é doce a acariciadora. Ninguém o viu rir, mas, muitos o viram chorar. Caminha com os pés descalços e a cabeça descoberta. Vendo-o à distância, há quem o despreze, porém, em sua presença não há quem não estremeça com profundo respeito. Quantos se acerquem dele, afirmam haver recebido enormes benefícios, mas há quem o acuse de ser um perigo para a tua majestade, porque afirma publicamente que os reis e escravos são iguais perante Deus.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quem foi que fez?

Quem foi que fez o sol tão vivificador?
E sua luz esplendente cheia de fulgor?
Os trilhões de estrelas que cintilam nos céus.
E as nuvens vaporosas como densos véus?
A mecânica celeste e os arcanjos profundos.
Da eterna ciência que equilibra os mundos.
Os microorganismos em desenvolvimento.
E os orbes gigantescos em deferecimento.
O átomo e a nebulosa, a ameba e o Serafim.
E as origens das coisas que nunca terão fim.
A virtude impoluta que não se modifica.
E a possante energia que a tudo vivifica.
Quem foi que fez o vento, a chuva, o trovão?
A primavera, o outono e também o verão?
O perfume das flores, o som, a luz, o ar.
Os campos, as florestas, a terra, o céu e o mar.
Quem foi que fez o infravermelho e o ultravioleta?
E fez a lagarta surgir uma bela borboleta?
O esperto gafanhoto e o formoso rouxinol.
Surgindo a alvorada aos clarões da luz do sol.
Quem foi que fez as feras bravas e os pecos passarinhos?
A asa dos insetos e a beleza de um ninho.
Deu agilidade a incrível pulga saltitante.
E fez o passo lerdo tardo do elefante.
Quem foi que fez o colibri com nímia sutileza?
Sugando o mel das flores com tal delicadeza.
O tatu escavando a cova em que se abriga.
E a faina inesgotável da minúscula formiga.
O esperto corcel, o fogoso macaco.
E a abelha trabalhando na construção do mel.
Quem foi que fez a ostra, o golfinho, o tubarão, a baleia?
E a engenhosa aranha tecendo a sua teia.
E o instinto de conservação.
Como bússola infalível de orientação.
Guiando com acertos os irracionais.
Sem nunca transgredir as regras naturais.
As maravilhas do reino mineral.
O leito onde repousa o reino vegetal.
Os prodígios da animalidade.
E um elo mais acima a nossa humanidade.
E tantos outros reinos que nós desconhecemos.
Sistema de mundos que nem nos apercebemos.
Com Jeitos tutelares arquiangelicais.
Imerso dos segredos siderais.
Que maravilha é esta que eu não posso descrever?
Com todo dramatismo que eu pudesse ter.
Artista inimitável, sublime ilimitável.
Me ponho de joelhos e contemplo abismado.
E pergunto a mim mesmo com estupefação.
Quem criou isso com tanta perfeição até o perdão?
Quem da sem pedir nada e paga sem dever nada?
E a tudo movimenta sem nunca se mover.
Formando e transformando.
Criando e dirigindo.
Governando e agindo.
Quem tem tamanho poder?
Pergunto a outras vozes.
Quem que podeis dizer?
E vos peço queridos irmãos, amigos meus.
E as vozes me respondem?

Foi Deus
Foi Deus
Foi Deus.

Quem foi que fez? – João de Deus Limeira

"-Todo efeito inteligente pressupões uma causa inteligente."
Allan Kardec - Introdução Livro dos Espíritos
18 de Abril de 1857

domingo, 23 de outubro de 2011

isso é tarefa que compete a cada um.

Fé - Emmanuel

"Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, que fica infrutífera." Jesus (Marcos, 4:18)










A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente.
Qual acontece na vida comum, o criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura.
Qualquer planta útil reclama atenção no desenvolvimento.
A conquista da fé edificante não é serviço de menor esforço.
A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa aureola doada a alguns espíritos privilegiados pelo favor divino.
Isso, porém, é um equívoco de lamentáveis consequências.
A lição do evangelho, é semente viva.
O coração humano é receptivo, tanto quanto a terra.
É imprescindível tratar á planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa.
Ninguém pode, em sã consciência transferir, de modo integral, a vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um.

EMMANUEL
Livro: Vinha de Luz

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Carregas a cruz de teus sofrimentos e de etapa em etapa surgem novos problemas angustiantes.

A CAMINHO COM JESUS 

   
Buscas o Evangelho redentor e a luz brilhante de seu conteúdo para o teu coração sequioso de bênçãos. Carregas a cruz de teus sofrimentos e de etapa em etapa surgem novos problemas angustiantes. Renovas o propósito de fixação das lições do Divino Senhor e recais nas mesmas tristezas e lamentações do dia-a-dia. Compreendes, todavia, que caminhar com Jesus é renovar os propósitos de vida, buscar novos sentimentos, trocar as idéias antigas, vestir outras roupas, alcançar a grande estrada da serenidade e do amor ao próximo. Entretanto, teus problemas, teus sofrimentos, tuas lutas buscam-te também o coração cansado e dobras o joelho, aturdido, com o peso da dor. Ergue-te, meu amigo, e avança ainda.
A estrada estreita prolongar-se-á por muito tempo, os espinhos hão de ferir-te os pés ensanguentados e o chicote da calúnia ainda te visitará no santuário dalma. Mas, prosseguirás com Jesus, seguirás os passos benditos do Cordeiro, lavando o coração no consolo de suas promessas, repartindo, com o teu irmão de jornada, o pão da fraternidade, ajudando, ajudando sempre. Que importam no momento os problemas se Jesus e o tempo te ajudarão a resolvê-los? Ainda não compreendeste que o Mestre não dorme no barco de tua vida, mas segue ao teu lado, atento às tempestades que se aproximarem? Ainda não entendeste o amor divino desse Cristo que veio dos céus exclusivamente para elevar-nos o espírito às regiões douradas da eterna luz?
Ergue-te, meu amigo, e não desfaleças. No horizonte infinito brilham os mundos sem fim da eternidade. Hoje é o grande amanhã e o amanhã é a suprema felicidade. Reanima-te, pois, põe em teu coração a esperança de viver. Trabalha com Jesus enquanto caminhas. Serve com Jesus enquanto te renovas, busca Jesus para que o reino divino seja uma realidade em teu coração. Meu amigo prossegue. Vivamos o nosso presente confiando a Jesus o nosso futuro. Solucionemos os nossos problemas à luz consoladora da esperança com o meigo Rabi. Prossigamos. Deus está contigo, Deus está conosco.
mensagem "NO CAMINHO COM JESUS", ditada pelo Espírito EMMANUEL e psicografada pelo Médium FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER, que nos foi passada, no Centro Espírita A Caminho Da Luz.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso...

Amigo Ingrato

Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos.
Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente.
Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral.
Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando-lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo.
Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso.
Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta.
Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses.
Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano.
Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras.
Não te desalentes!
O mundo é impermanente.
O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã.
As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.
Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção.
Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando- se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito.
Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te.
Persevera, tranqüilo!
Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças.
Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco.
Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus.
Não lhe guardes rancor.
Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram dEle.
Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia.
Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.
 
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.




quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Não me convidem a ser igual,....

Coisas da Vida

"Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo,
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo, já tive tanto medo ao ponto de não sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava da minha vida, já me arrependi por isso....
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem....
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amavam...
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou,
Já tive certeza de mim, ao ponto de querer sumir ...
Já menti e me arrependi...
Já falei a verdade e também me arrependi....
Já fingi não dar importância as pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto....
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam....
Já tive crises de risos quando não podia...
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
Outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando devia calar, já calei quando devia gritar...
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz...
Já inventei histórias de final feliz, para dar esperança a quem precisava....
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali"....
Já caí inúmeras vezes, achando que não iria me reerguer,
Já me reergui inúmeras vezes, achando que não cairia mais...
Já liguei para quem não queria, apenas para não ligar para quem realmente queria....
Já corri atrás de um carro, por ele levar alguém que eu amava embora.
Já chamei pela mãe no meio da noite, fugindo de um pesadelo, mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda....
Já chamei pessoas próximas de "amigo", e descobri que não eram.
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada, e sempre foram e serão especiais para mim....
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!...
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual,
Porque sinceramente sou diferente!....
Não sei amar pela metade,
Não sei viver de mentiras.
Não sei voar com os pés no chão....
Sou sempre eu mesma.
Mas com certeza não serei a mesma para sempre....
Com o tempo aprendi que o que importa não é o que você tem na vida, mas QUEM você tem na vida....
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Gosto de cada um deles de um jeito especial e único.....

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Teu Dom

 
Em todos os setores de reorganização da fé cristã, nos quadros do Espiritismo contemporâneo, há sempre companheiros dominados por nocivas inquietações.
O problema da mediunidade, principalmente, é dos mais ventilados, esquecendo-se, não raro, o impositivo essencial do serviço.
Aquisições psíquicas não constituem realizações mecânicas.
É indispensável aplicar nobremente as bênçãos já recebidas, a fim de que possamos solicitar concessões novas.
Em toda parte, há insopitável ansiedade por recolher dons do Céu, sem nenhuma disposição sincera de espalhá-los, a benefício de todos, em nome do Divino Doador. Entretanto, o campo de lutas e experiências terrestres é a obra extensa do Cristo, dentro da qual a cada trabalhador se impõe certa particularidade de serviço.
Diariamente, haverá mais farta distribuição de luz espiritual em favor de quantos se utilizam da luz que já lhes foi concedida, no engrandecimento e na paz da comunidade.
Não é razoável, porém, conferir instrumentos novos a mãos ociosas, que entregam enxadas à ferrugem. Recorda, pois, meu amigo, que podes ser o intermediário do Mestre, em qualquer parte.
Basta que compreendas a obrigação fundamental, no trabalho do bem, e atendas à Vontade do Senhor, agindo, incessantemente, na concretização dos Celestes Desígnios.
Não te aflijas, portanto, se ainda não recebestes a credencial para o intercâmbio direto com o plano invisível, sob o ponto de vista fenomênico. Se suspiras pela comunicação franca com os espíritos desencarnados, lembra-te de que também és um espírito imortal, temporariamente na Terra, com o dever de aplicar o sublime dom de servir que há em ti mesmo.
EMMANUEL
Livro: Vinha de Luz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier